segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Chica e lua cheia

Com o atento testemunho da velha Chica, eu e Rosa fomos visitar novamente o sr. Inglês. A lua ditava que nossos planos haveriam de ser concretizados. Um pressentimento tomou conta de mim: minhas duas vítimas estariam por lá: Letrado e Gordinho Sexy. Era sexta-feira. Era início de mês. Era lua cheia.

Na casa de nosso querido amigo, Inglês, encontrei primeiramente Letrado. Gastamos alguma saliva com palavras e contatos labiais de terceiro grau. Mas eis que sinto um cutucão da sempre cúmplice Rosa. O GORDINHO SEXY. Foram suas únicas palavras - e eu já sabia o que queria dizer.

Dancei, dançamos. Letrado assistia ressabiado a cena. Cerveja após cerveja sem idas ao banheiro de nada adiantaram, meu caro Letrado.

O que era para ser um abraço de despedida no Gordinho Sexy, tornou-se um escandaloso abraço de duração inexplicável, seguido do seguinte diálogo, iniciado por mim:

- Pára de me provocar
- Não. Não paro.
- Tu é um filho da puta! - palvaras que poderiam ser traduzidas facilmente como eu te amo ou algo do gênero e que culminaram em um beijo mais ou menos frenético que acabaria num convite sexual. A resposta? qualquer coisa vaga que equivaleria, para mim, a um Nada feito, beibe, deixamos pra próxima ou para never more.

Sei não, mas acho que ele só captou o never more.

Saldo da noite: 2 chicas, 2 vítimas, dupla decepção.

Um comentário:

  1. A lua cheia...

    Essa deve ter um forte grau de parentesco com a conselheira Chica. Mesmo antes de conhece-la, a Lua Cheia, já arrasava com alguns projetos de vida.Meus e dele, o Galego.
    É Sister M., até o Lenine foi vítima um dia...

    "...A lua me chama eu tenho que ir pra rua...chama,chama"

    Infalíveis. Estamos em um processo lento e gradual quando soubermos lidar com tanta energia, passamos ao nivel de Vinicius de Moraes quando canta:

    "Se é canto de ossanha não vá, pois muito vai se arrepender, pergunte pro seu orixá...amor só é bom se doer...

    vai,vai, chorar,vai,vai sofrer...

    Não vou, que eu não niguém de ir..."

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