quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

NOVELA EM 3 ATOS - Epígrafe

Ok, confesso. Nem tudo foi contado nos últimos tempos. A saga Gordinho Sexy conta com uma epígrafe bastante particular.

Faz tempo já. Mas eis que uma semana após o decreto da morte definitiva das esperanças, o encontro novamente na casa do Sr. Inglês. Balançar de ombro vai, balançar de ombro vem e os ombros entrelaçaram-se.

Eu pensava só "ele não sabe, ele não sabe...", mas daí me veio uma ou cinco cachaças e eu comecei a pensar "ele não sabe?", até que meia dose depois eu formulei algo do tipo assim "tu sabe que eu conheci um amigo teu semana passada?..." (eu tipo super ia fazer a piadinha de que tinha conhecido no sentido bíblico e tal, mas achei que não era muito adequado)

- AHAM. foi a resposta dele. No momento eu não reparei que ele tava meio afim de fingir que nada tinha acontecido e mudar de assunto ou dançar um samba ou fugir de mim de novo. Mas disse: "e tu sabe tuuuuuudo?". Resposta: aham, eu não me importo.

Tipo assim, ele não se importa! eu pensei. Deve ser um cara muito evoluído, etcetera e tal, e eu amo ele e mais etecetera e tal. Mas daí ele foi dar uma volta e como não voltou reparei que ele tava grudado numa orelha tentando atacar outra boca. E é óbvio que esse era um momento super propício para eu me declarar, eu pensei. Apesar da Rosa ficar dizendo para eu não fazer nada "harmonia, sister, desopila!", fui lá alegre-sorridente-feliz-a-cantar, suuper esperando um final feliz. Arranquei ele da baranga e declarei todo meu amor com lindas palavras românticas, do tipo: "seu-idiota-tu-não-percebe-que-eu-gosto-de-ti-para-de-ser-inutil, etecetera e tal".

A resposta dele? "Ah, sister... eu também... gosto de ti... mas não quero ficar com alguém que não... sente tesão por mim" Tipo, alguém-que-não-sente-tesão-por-ele deveria ser eu. Olha que eu nem sabia que não sentia, mas se ele diz. Acho que foi o choque com a história do amigo que gerou esta idéia um pouco errada. Daí eu "tá, tudo bem, deixa pra lá..." Dei uma chorada básica num canto, balancei o ombro pra um qualquer que tava por ali pra distrais, limpei a make borrada e tomei uma decisão: iria atrás dele.

Daí em diante os relatos são nebulosos. É fato que acordei num quarto que não era meu. Mas é fato também que ele estava ao meu lado e ambos estávamos ainda impecavelmente vestidos. E mais fato ainda é que fiquei trancada no banheiro da casa do idiota e, depois de trincar a janela, tentando quebrá-la com os pulsos e berrar meia hora, apareceu outro ser da casa para me destrancar.

Especula-se incriminá-lo por cárcere privado.

(Na saída, o Amigo estava à porta me esperando com um sorriso e sem camisa. Quarto errado, de novo?)

sábado, 5 de dezembro de 2009

lua murcha

ainda não entendemos o porquê de a lua cheia não estar surtindo o efeito desejado. me parece que os últimos tempos foram marcados pelo marasmo sexual.

a declarar: passei meses querendo Letrado. ontem quem me quis foi ele, mas daí não tem graça, como sabemos.

saldo da noite: um a zero pro azar; celular perdido em algum ponto do trajeto de volta pra casa.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A malemolência do Menino dos Óculos Ray-ban

" Veio até mim, quem deixou me olhar assim ? Naõ pediu minha permissão...
Não pude evitar, tirou meu ar, fiquei sem chão...

Menino bonito, menino bonito aai..."

Esse caso, trata-se de um assalto. Menino dos óclulos Ray-ban, é o nome do elemento, quando nos conhecemos ele usava um lindo óculos estilo Ray-ban (hoje entendo que é como se fosse uma capa da sua arma)... pois no dia do delito ele encontrava-se sem os óculos.
Lembro do local... Cervejas Baratas Bar , localizado em uma das ruas mais tradicionais da boemia desta Província, no bairro Arquiteruras Baixas. Lembro também, que o elemento foi muito rápido, entre um gole de cerveja e uma sacada de olhar 45 - me roubou a atenção !

Conseqüencias de tal ato:

Ele acaba de entrar para a lista das próximas vítimas.

Mas o destino parece ter virado a casaca, pois em um belo dia (talvez nem tão belo, pois chovia e eu não estava nos meus dias) , então, em um momento de fragilidade colocou novamente o tal Menino dos óculos Ray-ban no meu caminho. Porém desta vez, ele me levou mais que a atenção...

... Um olhar de eu te quero agora;
Meu número de telefone;
E palavras do gênero: Sim,podemos marcar algo na semana.

Tudo em questão de segundos, fiquei impressionada com o poder de hipnóse e malemolência do rapaz.

"...Tome tento fique esperto, hoje não tem paz... jogo lhe um quebrante num instante você vira sapo... bobiou na crença, príncipe! volta ao seu posto de lenda... seu nome na boca do sapo e sua boca na minha."

Enfim, ainda sob o efeito do feitiço do Menino dos Óculos Ray-ban . Marcamos um encontro e mais uma vez ele me agrediu, com olhares, sorrisos intrigantes, conversas envolvente e gestos insinuantes de como se fosse dar o golpe fatal... mas não, na verdade como diria uma cantora paulista...

" O que é um beijo, se eu posso ter teu olhar? Cai na dança e vem pra roda da malemolência."

Elemento:

Menino dos Óculos Ray-ban

É tudo que eu posso declarar.